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Um pouco sobre bipolaridade, transtornos de humor, depressão, ansiedade...
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#depressão #ansiedade #tdah #bipoloaridade #pânico #distimia #melancholia
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Depressão e preconceito.

O outro lado da moeda depressiva é a vergonha de expor a doença. Respondendo ao meu único leitor, Mente Hiperativa, tenho todo esse pânico em volta da doença, porém fora de casa existe uma vida social "normal". Ninguém sabe da gravidade do meu problema. Minha mãe, minha namorada, meu irmão...sabem que estou doente; porém não tem como descrever para eles o quanto estou debilitado. O restante da família e amigos não imaginam que estou doente. Talvez isso piore ainda mais o meu estado.

Recusar os convites para sair, inventando mil desculpas diferentes. Não ter exatamente o que dizer quando as pessoas perguntam o que estou fazendo agora profissionalmente. Ter que sorrir e cumprimentar as pessoas que conheciam o outro eu, antes da doença; consequentemente esperam que eu tenha aquele mesmo entusiasmo e alegria que eu sempre tive. Amigos de infância, que agora eu me afastei, e tenho vergonha de falar da minha doença.

Acho que ninguém realmente entende quem sofre desse tipo de problema. Impossível uma interpretação compreensiva. Ou acham que é preguiça e falta de disposição - esses falam, rapaz entra em uma academia, vai fazer exercícios físicos; ou ainda, tire umas férias que resolve...etc. Tem ainda os que acham logo que a pessoa está louca, por tomar anti-depressivos. Tem os que se afastam de você pela sua aparente "negatividade" e "revolta", ou seja, você não faz mais parte do time dos "normais". 

Enfim, se eu tivesse certeza que nunca iria ficar curado eu agiria diferente. Talvez assumisse publicamente, parasse de sonhar com novas empresas e novos empreendimentos. Mas tenho esperança de retomar ao menos parte do entusiasmo que tinha. E aí buscar novamente outras oportunidades. Caso as pessoas saibam da doença, acho que muitas portas podem se fechar futuramente por conta disto. A pessoa de certa forma perde a credibilidade. Por isso eu vou levando esta vida dupla. Sofrendo por dentro, isolado; e ao mesmo tempo, os poucos momentos que saio e encontro pessoas conhecidas me esforço para parecer a pessoa mais normal do mundo.

Já pesquisei um outro psiquiatra, vou arrumar algum dinheiro para visitá-lo. Depois posto o resultado de mais uma etapa desta luta.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Depressão sem diagnóstico

Dor no peito, frio na barriga, dormência nos braços e pernas....ansiedade absurda, hiper-atividade de pensamentos e prostração absoluta. Tudo isto com maior intensidade durante o dia. Depois desse novo esquema estou me sentindo exatamente assim. À noite....zero de sono. Durmo as 5 ou 6 da manhã e acordo 3, 4, 5 ou 6 horas da tarde. Se tenho compromisso pela manhã viro um zumbi o restante do dia. 

Não tenho ataques de euforia, não tenho baixas depressivas a ponto de ficar completamente moribundo. Não tenho idéias negativas intensas ao ponto de achar que a vida não vale a pena. Pelo contrário. Os pensamentos vão a mil por hora, tenho mil idéias...porém a inércia me impede de agir. É uma preguiça aumentada....uma dormência permanente.

Até os trinta anos era viciado em trabalho, tive muito dinheiro. Recebi mil prêmios, fui muito bem sucedido no que fazia, sou casado com uma mulher belíssima. Depois da queda, começou meu drama.
Estou afundado em dívidas e sem ocupação. Cada dia que passa perco as esperanças.
Meu deus...bipolaridade, ciclotimia, depressão, ansiedade, síndrome do pânico...que diabos eu tenho?


Ninguém me deu nenhum diagnóstico, só sei que me sinto um velho de 90 anos...minha vida acabou.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Receita médica para remédios controlados.

Depois do depoimento super sincero do meu psiquiatra, de que não poderia passar só a receita e que eu teria que pagar os 150 reais da consulta; fui atrás de farmácias que vendessem sem receita. 

Não consegui o Rivotril mas o similar dele, Clonazepam 2mg. Não consegui o estabilizador Carbamazepina mas consegui o similar Tegretol. O anti-depressivo Alenthus (venlaxafaxina) não consegui de forma alguma. Liguei pro médico implorando uma receita ele me deu caixas do similar Venlaxin, porém o dobro da dose que eu estava tomando, de 75mg para 150mg; mas pelo menos foi amostra grátis.

Resumindo meu novo esquema, que já perdi as contas de quantos já vão:

Manhã: 1 com. de Venlaxin 150mg (anti-depressivo)
Noite:  1 comp. de Tegretol 200mg (estabilizador do humor)
              2 comp. de Clonazepam 2mg (ansiolítico)

Resultado: Sono absurdo durante o dia. Zero de sono a noite.
                      Inércia, Letargia e Desânimo.

Vou ter que mais uma vez mudar de médico. Já vai ser o quinto em menos de um ano.
Não vou ficar servindo de cobaia.