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Um pouco sobre bipolaridade, transtornos de humor, depressão, ansiedade...
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#depressão #ansiedade #tdah #bipoloaridade #pânico #distimia #melancholia
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pé quebrado e Mente "Torcida" precisam de um raio-X...

A maioria das pessoas "normais" vivem no piloto automático da vida. Trabalho casa, casa trabalho. Daí acontece um problema nesse percursso e pronto, lé vem os velhos sintomas do início do que todos chamam de depressão. Depois de muita resitência, vergonha, dificuldade de lidar com os sintomas, vem a procura por tratamento. Geralmente começa por um psiquiatra. 

Esta figiurinha, na maioria das vezes vai te ouvir por 40min e vai passar uma receitinha que já tem até pronta em sua gaveta: Fluoxetina + Clonazepan. Alguns outros podem fazer uma leve alteração com um ou outra substância. E vai mandar a pessoa voltar em 30 dias. Se esta pessoa tiver sorte e possuir o mínimo de conhecimento do processo, vai saber que remédios não curam ninguém, apenas amenizam a dor. 

Imagine que você torceu o pé. Está doendo muito. Então você toma um analgésico para aliviar a dor, mas não acompanha a lesão. Não tira um raio-x, não procura um médico...nada. Seu corpo talvez possa se recuperar do trauma sozinho; mas também poderia acontecer uma grave infecção. 
Com traumas em nossa mente acontece a mesma coisa. Se tratamos  apenas com tranquilizantes, e esperamos que o corpo reaja sozinho corremos risco. É ai que mora o perigo dos barbitúricos, pois eles anestesiam a dor, mas não agem sobre a causa da dor. E este problema pode crescer sem que o paciente saiba, e diferente de uma infecção, um problema psiquiátrico não tem seus sintomas diagnosticados assim com tanta facilidade.Então o caminho é fazer um raio-x da mente e dos pensamentos. E quem faz isto? A psicologia ou psicanálise.

Procurar ajuda psicológica não quer dizer que você vai poder parar de tomar remédios. O trauma de um pé torcido exige raio-x e analgésicos e por vezes moletas, os traumas da mente também. Mesmo que você já não sinta tanta dor, depois de um tempo de tratamento, você ainda vai precisar de exames de acompanhamento e moletas, em alguns casos pro resto da vida. Assim também é com nossa mente. Mesmo com acompanhamento psicológico, o paciente precisa dos remédios, que servem como moletas, mas também precisa do acompanhamento do trauma, que seria a ajuda psicológica.





quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Letargia e Inércia

Vou falar o que é o pior de tudo dessa doença que não sei qual é: A Letargia e a Inércia.
Letargia é o nome que dou aos sintomas físicos que sinto. Sensação de não estar no próprio corpo. Dormência nos braços e pernas, angustia no peito, embrulho no estômago e pior...nos pensamentos. É como se viver fosse assistir um eterno filme de uma vida que não é a sua. Tudo passa em câmera lenta. Você não consegue agir no tempo certo, e o segundo meus caros...ah o segundo, esse é implacável.
As fichas não caem na hora certa, perco a hora. Me perco no tempo. Não sei se ontem é hoje ou foi amanhã. Quando vi, o tempo passou, as oportunidades já se foram seladas ou não. Remédios? Sim, existem. Mas basta ler a bula. Como uma advertência, eles pioram esse lado. E não sinto mais o motor da vida, o combustível do desejo. 
Sigo em frente como um caminhão sem freio na ladeira, um avião sem plano de voo, um navio sem norte....um corpo estranho na inércia do vácuo.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Um morto-vivo, é o que sou...(e tome Neozine pra dentro)

Não meus caros 3 leitores, eu n deixei de postar esses meses por ter melhorado...mto pelo contrário. Piorei muito sem remédios e sem acompanhamento. Pintou uma grana esses dias e consegui voltar para a terapia. Mais uma vez encontrei um anjo de luz que me cobrou um valor simbólico. Estou a dois meses na terapia. A psicóloga indicou um psiquiatra que também fez um preço mais baixo e agora o esquema é o seguinte:
. Dalmdorm 30mg + Neozine Gotas (6 gotas) Ao deitar;
. Cloridrato de Nortriptlina 50mg a tarde.
Resultado: nos 3 primeiros dias consegui dormir como um zumbi. Com o passar do tempo ficaram apenas os efeitos colaterais. Isso me desestimula a fazer o uso continuo, e aos finais de semana paro os remédios para poder ficar normal com minhas 3 doses de uísque.
A terapia tá um saco, pq no inicio é o msm blá blá blá até a psicóloga lembrar quem eu sou na próxima consulta.
Estou postando no celular, são 4 da manha.
Depois entro de novo e tento escrever algo mais atrativo. 
Por hora é o que temos.
That's all folks!!

domingo, 20 de maio de 2012

Consulta Psiquiátrica Pública (SUS) - Cap. 2

"Não falei absolutamente mais nada ao médico...de repente o analisado era ele mesmo.
Em dez minutos de consulta, ou melhor, monólogo a dois, falou que eu era bipolar, e que eu iria tomar remédios remédios pro resto da minha vida."

O tratamento seria semanal. Porém nas próximas consultas a relidade dos fatos foram se revelando. Na segunda entrevista, nada de remédios nem receitas. "Você está atrasado e a responsável do setor não se encontra mais no hospital", disseram os residentes às 16:45hs. Minha consulta estava marcada entre 16:15 e 16:30. A solução encontrada foi que eu visitasse um colega deles, psiquiatra que estaria de plantão no maior manicômio da cidade, e lá ele poderia me atender às 6:00 da manhã do outro dia; me receitando e medicando no que eu precisasse. Para mim que estou dormindo entre 4 e 5 da manhã foi uma tarefa delicada, já que eu teria que segurar as pontas e virar a noite para amanhecer lá.

Chegando na recepção do hospital, ninguém de lá sequer ouviu falar no tal médico. - Não trabalha aqui senhor. Foi o que a sra. da administração me respondeu. Infelizmente tive que incomodar o médico que fez a indicação telefonando pra ele às 6:15hs. Ele me respondeu que o tal médico estaria na urgência do hospital, que é uma ala independente e com acesso por uma outra avenida. Chegando lá me deparei com o terror de uma urgência psiquiátrica pública. Loucos, bêbados, drogados e policiais; todos esperando os médicos começarem a atender. Estranhei o fato já que se tratava de uma Urgência. "É que os doutores tiram um cochilinho no final da noite, revelou o guarda da entrada...". Dado o nome do médico procurado, a resposta foi a mesma, este médico não está de plantão hoje senhor. Novamente liguei para o médico colega do tal plantonista e ele me respondeu que falou que em minutos ele estaria no plantão, e que já estava no caminho do hospital.

Esperei até às nove horas, como espectador daquele circo de horrores. Não pelo show dos doentes mas pelo desprezo absoluto dos enfermeiros e funcionários que apareciam esporadicamente. Cansado de esperar, mostrei a carta de encaminhamento a um médico que passou pelos corredores e este me falou que o doutor fulano já tinha acordado e iria começar a atender. Achei que ele ainda estaria vindo, pensei...mas não fiquei surpreso. Fui chamado em uma das salas e finalmente fui atendido pelo médico.

Perguntou qual era o problema. Falei que era insônia por problemas financeiros. Ele perguntou se eu tinha algum histórico na família de doenças psiquiátricas, falei do meu pai que é bipolar. Pronto! Bastou para o dr. sabe tudo discorrer uma tese pessoal que falava de seu começo de carreira até o diagnóstico de bipolaridade.
Não falei absolutamente mais nada...de repente o analisado era ele mesmo.
Em dez minutos de monólogo a dois, falou que eu era bipolar, e que eu iria tomar remédios remédios pro resto da minha vida.
Falou que o ambulatório do hospital não estava mais funcionando e que não tinha remédios para me dar, apenas receituário. Segue mais um esquema para degustação:

. Dalmadorm (Flurazepam) - Novidade pra mim até então.
. Depakeine 500
. Clonazepan 4mg (2x2mg)
Todos a noite antes de dormir.

Detalhe, ele retirou a Risperidona que eu estava nos 30 primeiros dias de tratamento.
Quanto ao Dalmadorm, não vou me prolongar na descrição dos efeitos. Apenas cito parte da bula deste delicioso "indutor do sono":

"Bula de Flurazepam (Dalmadorm)
Dalmadorm é um indutor do sono. Este medicamento de toma oral age como depressor do sistema nervoso central....

Efeitos colaterais

Alterações no sangue; boca seca; coceira; cólica; confusão mental; obstipação; diarréia; euforia; fala enrolada; dor articular; fraqueza; falta de coordenação muscular; gosto amargo; letargia; problema de acomodação visual; salivação abundante; sonolência; suores, vermelhidão na pele; vertigem; vômito."

Não foi nenhuma surpresa para mim...continuar no mesmo drama. Não consigo dormir mesmo com este delicioso coquetel de pílulas mágicas e ainda enfrento todos estes efeitos colaterais, sim amigos, eles são bem reais!

domingo, 25 de março de 2012

Psiquiatria Pública (SUS) - Risperidona e Letargia

Finalmente procurei o serviço público.
Não me restou outra saída. Sem receitas médicas e sem acompanhamento não temos como prosseguir. Fui a um hospital que tem um grupo focado em TOC e esquizofrenia.

A tal renomada médica que a consulta custa R$ 450,00 em seu consultório particular é uma das coordenadoras do trabalho neste hospital público.
Prontuário conseguido, consulta marcada. Quem me atendeu foram dois residentes, que apesar de muito competentes e de compreensão incrível, tiveram que levar meu prontuário para a tal renomada médica, que pelo que senti foi ela quem receitou o esquema sem nem olhar na minha cara.
Como ela é considerada uma das melhores do estado, tive que colaborar fazendo minha parte, confiando no tratamento. Resultado do novo esquema após uma hora de entrevista:
Mantiveram o DEPAKOTE 500ER / 1 pela manhã e 1 a noite;
Incluíram RISPERIDONA (RISS) / 1 A NOITE.

Efeitos da Risperidona (pela ordem de aparição/incômodo):
. Dormência absurda na língua, que se estende pela gengiva, boca, maxilar. braços e pernas;
. Desconforto abdominal, gases e gastrite;
. Hipersensibilidade sensorial; como você se sente um zumbi, paradoxalmente se torna mais sensível aos estímulos externos. Uma simples coceira no braço vira um espasmo... como um susto mesmo. Sem falar nos espasmos involuntários.
. Tontura e sensação de não estar no meu corpo, o que chamo de letargia.

RESUMO:
. Para pacientes com alto grau de psicose e esquizofrenia, talvez o remédio traga alguns benefícios. Porque o paciente está tão sedado que não sabe talvez nem quem seja. Mas para mim que só desejo diminuir a ansiedade e os pensamentos negativos, o efeito não foi bom.

Liguei para médica depois de uma semana de tratamento relatando os sintomas, como foi combinado. A alteração foi aumentar a Risperidona para 3 comprimidos a noite.
Piada não é? Mas... não sou médico e tive que me submeter a mais uma experiência. Porém o resultado não foi bom. Continuei sem dormir e os sintomas pioraram.
Parei por conta própria a Risperidona, voltei com o Depakote mais Rivotril a noite, até a próxima consulta.
O lado bom da experiência foi a atenção dos residentes, que se dispuseram a me atender posteriormente em sessões mensais ou quinzenais. Encontrei também minha ex-terapeuta que também faz parte do grupo. E ainda saí com os remédios conseguidos por eles. Enfim uma luz no fim do túnel.

Estou sem o menor saco de postar fotos e comentar mais sobre isto.
Minha energia realmente está bem esgotada. Desculpem-me meus dois leitores.
No próximo post detalho de uma forma mais leve toda esta experiência.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Descoberto o DNA do sono: Gene ABCC9

Uma equipe de cientistas alemães descobriu o gene que pode explicar o porquê de algumas pessoas precisarem de dormir menos tempo do que outras.
Quatro mil indivíduos responderam a um questionário elaborado por peritos da Universidade Ludwig Maximilians que procurou traçar os hábitos de sono dos europeus e identificar o gene que permite a alguns ‘funcionarem’ com menos horas de sono.

Descobriram que as pessoas que têm duas cópias de uma variante do gene ABCC9 precisam de dormir por um período significativamente menor do que aquelas que têm as duas cópias da outra variante do gene, avança a FoxNews.

Depois de terem descoberto um gene semelhante nas moscas da fruta, os cientistas da Universidade de Munique, em colaboração com os investigadores da Universidade de Leicester, conseguiram modificar a função do mesmo no insecto. Foi-lhes possível, então, diminuir o período de tempo dormido pelos mesmos.

Um dos autores do estudo, Till Roennberg, explicou que «é muito encorajador saber que o ABCC9 também afecta o período de sono nocturno das moscas». Isto significa que «o controle genético da duração do sono pode muito bem basear-se em mecanismos semelhantes em várias espécies».

Se isto significar que é possível manipular estes genes no futuro, poderemos induzir as pessoas a precisarem de dormir menos horas.