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Um pouco sobre bipolaridade, transtornos de humor, depressão, ansiedade...
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#depressão #ansiedade #tdah #bipoloaridade #pânico #distimia #melancholia
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sábado, 22 de março de 2014

Mais um esquema pra teste...afinal, somos cobaias?

No consultório, as perguntas de sempre...
Começam falando amenidades. Do calor ou do tempo chuvoso, depois perguntam sobre sua família. Tudo em um clima forçadamente descontraído.

Após a médica checar, nesses dois minutos de conversa, algum indício de "anormalidade", vem a parte boa.
"Como é a sua vida familiar?; O que mais incomoda você?; Como é o seu sono?Já teve algum surto ou crise?; Já teve ou tem ideias suicidas?; bla bla bla...

Levei a lista que eu fiz, mostrada aí no post anterior.
Ela leu tudo mas não fez perguntas. Como em um roteiro de filme clichê, ela dá continuidade ao teatro. Levanta, pega umas amostras grátis na gaveta em um armário atrás de sua mesa; e se volta para mim dizendo que "vamos tentar esses novos remédios"

E com a frieza e precisão de um bom profissional de saúde, ela saca a caneta. Olhos fixos na mesa, arruma os blocos de receituários em sua frente e começa a escrever freneticamente. Se Beethoven passasse ali por trás e visse aquela cena, ele diria que a mulher estava compondo uma ópera magnífica, tamanha a agilidade dos seus pulsos que contradizia com a euforia contida do resto do seu corpo.

Momentos de silêncio...
Dizem que você sabe que tem sintonia com alguma pessoa, quando falta assunto e os dois ficam calados por questões de segundos, mas não fica aquele constrangimento de não ter o que falar. Apenas sentem a energia recíproca, em uma cumplicidade confortável, e nenhum dos dois se esforça para quebrar aquela estranha situação.  Não foi o caso da frenética e escritora e eu. 

Não foi o caso da frenética escritora e eu. O silêncio é para que seja mantida a concentração sobre a redação. Um momento em que acho que ambos pensam: Vamos acabar logo com isso, por favor. Para recompor o clima, ela eleva a cabeça,  e põe os papéis na minha frente de forma ágil porém simpática.


Novo Esquema:

Tolrest 50mg (Sertralina) 1x no almoço.    / Anti-depressivo
Depakote 500ER (Divalproato de sódio) 1x no jantar  / Estabilizador do Humor
Rivotril 0,25mg (clonazepan) sublingual 1x antes de dormir / Calmante
Stillram (hemitartarato de zolpidem) 10mg 1x ao deitar / Indutor do Sono

Resultado: 

Tolrest: Me deixa agitado, ansioso, porém com uma sensação de travamento.
perdi totalmente a fome. Meu cabelo caiu mais intensidade. Libido que já oscilava muito, agora foi pro chão...zero tesão (pela primeira vez em todo histórico de tratamento).

Depakote: Me deixa leso. Sinto um torpor estranho. Aperto no peito e angústia. Sensação de letargia até o início da noite.

Rivotril 0,25 sublingual: Pra mim que já cheguei a tomar 4mg pra dormir (2x 2mg) isso é água né. Mas faz um efeito placebo que não chega a ser desprezível.

Stilram: Esse sim. Gostei. Ele é um indutor de sono. Mas é hipinótico. Dá uma sensação de embriaguez. É perigoso tomar ele e ficar acordado. Como não tenho sono de jeito nenhum, invento de trabalhar e ficar na net depois dele. Resultado, passo emails que no outro dia não lembro, falo bobagens com as pessoas no bate papo do face que me arrependo no outro dia...enfim.
Mas dos males o menor. Ao invés de dormir as 5 ou 6 da manhã, com o Stilram eu fico tão louco, e tão mole, que termino capotando lá pras 2:30 / 3:00hs.

Cansei de escrever. Em outro post eu conto os outros capítulos da estória, pois já voltei a ela algumas vezes, relatando os efeitos deste e dos outros esquemas que ela me passou.  Pra resumir, hoje estou tomando Bup, entre outros docinhos. Mas isso é pauta para outro post.